Acerca do «Mundo flutuante»

terça-feira, 27 de setembro de 2011

13 anos de Google: parabéns a... nós?

Para os milhões de fãs do Google, esta empresa é uma das maiores invenções da humanidade: «Eu uso o Google como bebo água,ou seja, diariamente e frequentemente», afirma o utilizador Kayio na página de Perguntas do Yahoo Brasil.

E passa a enumerar: a pesquisa (ocupando 90% deste mercado mundial)... as últimas notícias...os trabalhos da escola... a tradução... o Email (Gmail)... as imagens... o download de música... os blogues (Blogger ou Blogspot), o Orkut, a maior rede social do Brasil, que pertence à Google, o Youtube que também é propriedade da Google.


Doodle comemorativo do 13º. aniversário do Google


(27 de Setembro de 2011)

E Kayio não menciona, entre outras ferramentas e serviços, o Google Maps... e o Google Earth..., o Google Books..., o iGoogle, uma página personalizada de ferramentas...o Picasa para as fotos online... o Google sites...o Google+, a mais jovem rede social que em três meses de vida reuniu já 50 milhões de utilizadores..., o sistema Android para smart phones e tablets, o serviço Wallet para gestão do mercado em acelerado crescimento de cupões de desconto...

O Google é hoje uma das empresas mais poderosas do mundo. Segundo a Wikipédia, o Google é executado através de mais de um milhão de servidores em data centers em todo o mundo[15] e processa mais de mil milhões de solicitações de pesquisa[16] e vinte petabytes de dados gerados por utilizadores todos os dias [17][18][19]. A empresa é também considerada uma das mais aliciantes em termos de qualidade de condições de trabalho e a filosofia da empresa apela simultaneamente à exigência e à informalidade.

Defensora da neutralidade da Internet,o Guia da neutralidade da rede do Google equipara-a à igualdade de acesso à Internet, um princípio considerado inquestionável pelos fundadores da Web. Por outro lado, a Google investe na redução da respectiva pegada de carbono e através da Google.org defende a mudança climática, promove a saúde pública mundial, a luta contra a pobreza global e ainda projectos de apoio à comunidade.

A melhor empresa do mundo, num mundo que não é o melhor dos mundos? Não seria bom de mais para ser verdade?

Com tudo o que nos oferece de excelente, as principais críticas à Google são graves! A mais conhecida é a da não garantia da privacidade dos utilizadores, mas a censura a diversos sítios em determinados países e regiões, como na China, e a não divulgação dos respectivos apoios políticos, tendo em conta a sua imensa influência nas políticas públicas locais e internacionais, são igualmente inaceitáveis.


O 1º. doodle  do Google (30 de Agosto de 1998)


De uma simples brincadeira à imagem de marca do humor do Google.

domingo, 18 de setembro de 2011

« Linked Portugal»: obrigada, Pedro!

Como a vida também é feita de opções, pensamos ser da maior justiça fazer, no âmbito da Web 2.0 em geral e das redes sociais em particular, uma referência especial ao sítio português Linked Portugal, da autoria de Pedro Caramez, que disponibiliza, entre muita informação útil, o perfil do utilizador português desta rede social:

Via http://www.linkedportugal.com/2011/09/12/infografico-linkedin-perfil-do-utilizador-portugues-2011/

os limites desta plataforma, de que constitui exemplo o artigo «34 limitações do Linkedin que provavelmente não conhecia», e ensina de forma individualizada o melhor modo de gerir páginas individuais...

sábado, 17 de setembro de 2011

Facebook versus Linkedin: a guerra começou?

Via http://www.captivationmedia.com/main/2011/07/05/facebook-ads-vs-linkedin-ads/

Segundo Sharon Machlis no seu artigo «Facebook vs. Twitter vs. LinkedIn vs. Google+» publicado em Julho de 2011 no sítio  Computerworld, o Facebook, com os seus 750 milhões de utilizadores é a melhor rede social online para empresas e marcas e para estabelecer relações pessoais desde que se cinjam apenas a pessoas que se conheçam pessoalmente.

Para tal concorrem a facilidade de promoção de uma marca ou de uma empresa, a facilidade de adesão à plataforma e de obtenção de estatísticas, para além da mais recente possibilidade de gravar a informação de páginas por parte de cada utilizador. O Facebook é pois a plataforma ideal para encontrar velhos amigos e para reunir fãs de uma marca. Em contrapartida, o Facebook não oferece suficientes garantias da privacidade aos seus utilizadores, não permitindo uma fácil gestão das listas de amigos, nem a possibilidade de ver o fluxo de a informação de cada uma dessas listas, que não são aliás nem fáceis de encontrar, nem de editar.

Via http://blogs.estadao.com.br/fernando-gabeira/tag/twitter/
A maioria das pessoas vê o Linkedin mais como um banco de dados de profissionais do que uma rede social de profissionais: um lugar onde ter uma presença é fundamental, mas confinado à oferta e à procura de emprego e à optimização de uma carreira profissional, No entanto, ao longo do tempo o Linkedin tem vindo a tornar-se um tesouro de inteligência competitiva, bem como um referencial cada vez mais importante do tráfego Web.

Na verdade, a força desta rede social advém do facto de ser a única a reunir informação fidedigna: sobre profissionais individuais, sobre oportunidades de carreira profissional e sobre empresas e organizações. Para além do mais, o Linkedin procura agora promover também a partilha de conteúdos especializados e aposta na definição círculos de relações seguros.

Segundo Neal Schaffer, no seu artigo de Dezembro de 2010, «LinkedIn vs. Facebook for Business in 2011 – The Battle Begins!», até 2011 o Linkedin e o Facebook pareciam ter muito pouco em comum, a começar pela razão por que foram criados: um como uma rede social fechada e de confiança para profissionais e outro como um livro aberto (de caras) de estudantes universitários. Entretanto, o Linkedin ganhou uma progressiva credibilidade entre os mais diversos profissionais qualificados e o Facebook apostou na cultura de consumo, assumindo-se claramente como um negócio onde  o objectivo é ganhar dinheiro com cada utilizador. O resultado foi que os profissionais aderiram ao Linkedin, enquanto que as empresas e as marcas investiram cada vez mais em marketing no Facebook (bem como no Twiter).

Esta aparente contradição tornou-se evidente quando o Linkedin anunciou as suas páginas para empresas em Novembro de 2010, parecidas com as do Facebook, que ainda são dominantes, mas com um «Recomendada» em vez de um «Gosto» (Like), acrescentando-lhes a possibilidade integrada de se poder «seguir» essa página. Foi assim que a Hewlett-Packard (HP) reuniu mais de 160 000 seguidores no Linkedin contra os 170 000 da sua página no Facebook

Estes números adquirem maior relevância, se tivermos em conta que o Linkedin  conta com 1/5 de membros do Facebook, mas que estes são todos profissionais (altamente) especializados. As novas páginas para empresas do Linkedin permitem também uma maior interacção com os utilizadores que podem agora recomendar produtos e serviços, comentá-los e, como no Facebook, ver na respectiva rede de amigos quem recomenda que página.


Via http://www.careerdigital.com/article/linkedin/tips/
Em contrapartida, o Facebook anunciou novos perfis pessoais que desenvolvem a dimensão profissional de cada utilizador, incluindo projectos e experiência de trabalho para, por sua vez, atrair os profissionais do Linkedin. A diferença é que, enquanto esta é uma rede fechada e de confiança, o Facebook parece não ser considerado útil pelos profissionais qualificados, o que poderá contudo mudar se o Facebook os conseguir convencer do contrário.

O Linkedin criou ainda os Linkedin (LI) Grupos, que permitem acrescentar facilmente informação de um sítio empresarial ao perfil de cada utilizador ou aos LI Grupos. Desenvolveu também ferramentas que possibilitam gerir com facilidade a moderação da informação nos LI Grupos, o que o Facebook não permite, através do new official LinkedIn Share Button. Por último, o Linkedin anunciou que vai   permitir a opção de tornar públicos os LI Grupos e outros, de modo a alargar a discussão a profissionais e a consumidores-alvo, para além da página da empresa. O próprio espaço de discussão é muito maior do que as pequenas «caixas» de texto do Facebook e os LI Grupos têm a possibilidade, que o Facebook também não tem, de enviar diária ou semanalmente resumos de informação actualizada, o que aumenta a adesão aos LI Grupos.

É conhecida desproporção entre estas duas redes sociais e é verdade que o maior grupo do Linkedin, o de recursos humanos (HR), apenas reúne cerca de 345.000 membros, enquanto que a maior página do Facebook, a própria, tem mais de 30.000.000 fãs. Contudo, existem mais de 800.000 LinkedIn Groups contra cerca de 320.000 páginas de empresas do Facebook.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

As novas redes sociais: «the dark side of the Force?»

Segundo o artigo sobre «Redes sociais» (que na realidade se refere apenas às redes sociais online) do sítio How stuff works?, existem (no mundo de língua inglesa?) mais de 300 destes sítios, abrangendo os mais diferentes universos. O mundo da moda, por exemplo, oferece plataformas independentes, como o Share Your Look ou o Style Hive ou nichos de um sítio maior de uma rede social, como o MySpace Fashion, ou o sítio Sneakerplay, a maior rede social online de amantes de … sapatos de ténis.

Existem redes sociais de tecnologias de informação (IT) como o Toolbox e diversas variantes de redes sociais, sítios de larga adesão como o Slashdot, de notícias sobre tecnologia, e o Digg, um dos sítios sociais mais populares de marcação de páginas. De acordo com este artigo, os médicos partilham uma rede social designada por Sermo e os executivos de publicidade, marketing e media, a rede social profissional AdGabber… e assim por diante.

www.oportaldovale.com.br_noticias__wp-content_uploads_2011_07_redes-sociais
As redes sociais mais conhecidas e vividas são, contudo, relativamente bem conhecidas da grande maioria : o My space, o Facebook e o Linkedin.

Para pertencer a uma destas redes, quase todas as plataformas solicitam um nome para login e uma senha de acesso, para além do preenchimento de uma página com um perfil pessoal que não precisa de preencher na íntegra: uma foto, algumas informações pessoais básicas (nome, idade, sexo, local onde vive) e um espaço para que a pessoa edite informação particular: interesses, livros, música, filmes, hobbies, sítios preferidos. É a partir daqui que cada um começa a construir a sua rede social, o que aliás as diferentes plataformas promovem e incentivam de múltiplas maneiras.

O principal problema das redes sociais online reside na respectiva (in)confidencialidade: não possuindo um sistema integrado de autenticação para verificar se alguém é realmente quem diz ser, segundo o sítio SearchSecurity.com, a segurança da maioria das redes sociais online reside na premissa de que somente os «amigos» ou os membros da rede de cada utilizador podem aceder o seu perfil completo.


Via http://0001coisas.blogspot.com/2008/08/redes-sociais-esto-na-mira-dos-hackers.html (adapt.)
Este pressuposto só é contudo eficaz na medida em que cada utilizador for extremamente selectivo em relação a quem inclui na sua rede. A partir do momento em que aceitar convites de alguém que não conheça, esse único alguém poderá ser um potencial hacker e vir a roubar a sua informação pessoal e a utilizá-la em proveito próprio para os mais inimagináveis fins. Para além desta eventual ameaça, talvez seja também bom conhecer algumas formas de restringir parte da informação que edita: a Proteste, por exemplo, dá-nos várias indicações úteis.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Aderir à Wikipédia para participar do conhecimento colaborativo

Via http://stats.wikimedia.org/wikimedia/animations/requests/
Em 2006 era ainda possível questionar a credibilidade e a actualidade da Wikipedia, sobretudo na quase inevitável comparação com a Enciclopédia Britânica, incondicionalmente considerada «o» monumento do conhecimento humano. Tal já não é, contudo, verdade em 2011.

Iniciada há 20 anos, em Janeiro de 2006, a Wikipedia em língua inglesa encontrava-se no 33º. lugar da lista dos sítios mais populares dos EUA com 18,3 milhões de utilizadores. Um ano depois, de acordo com a empresa ComScore Networks Inc., entrara já para o top ten deste universo, posicionando-se em 9º. lugar com 42.9 milhões de visitantes, acima do New York Thimes (em 10º. lugar) e da Apple (em 11º. lugar). Em Abril de 2011, segundo a Google, ocupava o 5º. lugar deste ranking.

Há uns anos atrás, Nuno Crato foi um dos primeiros académicos portugueses, então em contra-corrente face a grande parte da comunidade científica e académica portuguesa e mesmo internacional, a pronunciar-se a favor da credibilidade da Wikipedia versus Enciclopédia Britânica, na rubrica semanal que então publicava no semanário Expresso

Em 2010, já muitos concluíam abertamente o mesmo comprovando-o de diferentes formas, em particular jovens universitários como os do curso de Social Media num dos blogues oficiais da Fordham University's Spring, Nova Yorque, ou o haker-programador inglês Tom Morris.

Também segundo o ACSI (The American Consumer Satisfaction Index), o mais credível indicador americano de avaliação da confiança dos consumidores americanos, com 77% de fiabilidade, a Wikipedia é o sítio mais , seguida do YouTube com 73%, do Facebook com 64% e do MySpace com 63%.
Via http://infodisiac.com/Wikimedia/Visualizations/
A Wikipédia em língua portuguesa está bem e recomenda-se, sobretudo graças à colaboração brasileira. Contribuir para o conhecimento colectivo, publicando na edição portuguesa da Wikipédia apenas exige algum tempo de preparação. A edição avançada sobretudo requer a leitura dos diversos protocolos de publicação estabelecidos (e acordados após ampla discussão) pelos editores séniores. Mais do que tudo, a editar conteúdos na  Wikipédia constitui uma experiência extremamente gratificante e compensadora.

O mundo flutuante... no mundo da moda!


Via usa.hermes.com
O mundo da moda, e o das fragâncias talvez mais ainda, constitui parte integrante da noção de mundo flutuante e, enquanto tal, faz todo o sentido que um perfume seja baptizado como uma imagem do mundo flutuante. Contudo, o facto de ter sido este o nome atribuído à nova linha de perfumes da casa Hermés não deixa de ter qualquer coisa de ofensivo e de inquietante.

Porque, por muitos empregos que o mundo da moda gira e sustente, a assinatura Hermés é para os muito ricos, para aqueles muito poucos que têm demasiado e que, num mundo tão assimétrico quanto aquele em que vivemos, conseguem (con)viver bem com isso. E a noção de mundo flutuante encontra-se intrinsecamente ligada ao quotidiano da maioria dos habitantes das cidades que nunca jamais poderiam comprar nada da marca Hermés.