Acerca do «Mundo flutuante»

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Bom ano!

Um ano de 2012 a ler criativamente o mundo
num equilíbrio instável, mas harmonioso!

Ilustração de Yara Kono,
Prémio Nacional de Ilustração 2010

domingo, 20 de novembro de 2011

Do universo Google: Google Docs

Tipos de documentos partilháveis online
Para além do Gmail, uma das ferramentas mais utilizadas no universo Google é o Google Docs. Este pacote permite editar, guardar e partilhar diversos tipos de documentos: texto, folhas de cálculo, apresentações, formulários, desenhos e mesmo som, e.g., documentos nos formatos (Cf. extensões) .doc, .xls, .cvs, .ods, .odt, .pdf, .rtf e .htm. A partilha e a edição simultânea e em tempo real por parte de vários utilizadores é outra das vantagens desta aplicação.

Para criar o seu Google.doc, apenas necessita deuma ligação à Internet e de aceder, através de uma qualquer conta de email, a http://docs.google.com. Pode começar por se informar através de uma das muitas «introduções» mais simples, disponíveis na net, como a do sítio brasileiro Amadeus. Depois é apenas uma questão de ir explorando a criação, importação e partilha dos diferentes tipos de documentos.

A edição partilhada de vários documentos, constitui uma das grandes vantagens do Google docs já que permite que os respectivos autores se encontrem em diferentes partes do...mundo,o que é ideal para trabalhos em equipa. A cada documento são atribuídas permissões para edição colaborativa.

A versão actual apresenta um novo visual  alternativo ao visual clássico e promete num futuro próximo o trabalho on-offline. Contudo, esta opção denota ainda muitas limitações: só é possível a partir do download do Google Chrome, não permite ainda a edição, apenas a visualização, e somente de documentos e de folhas de cálculo, não de imagens ou apresentações, por exemplo.

De um modo geral, os diferentes docs apresentam também várias limitações quando comparados com o Word, o Excel e o Power Point. A velocidade de edição é  limitada devido à gravação automática e torna-se mais lenta ainda para quem não usar banda larga. E, claro, se não fizer o download dos docs para o seu pc, ao perder a ligação, perde tudo e não lhe é possível trabalhar offline.

No estado em que se encontra presentemente, esta ferramenta detém contudo grandes potencialidades e, segundo a Google, permitirá em breve a mudança online-offline que o Gmail já oferece. Para informação suplementar e dúvidas, a Google propõe a Ajuda doc e o respectivo fórum. O sítio PCW publicou 20 segredos do Google docs que, entre outros, também vale a pena consultar.

sábado, 19 de novembro de 2011

Google: um universo em expansão


«Google it
Para os milhões de fãs do Google, esta empresa é «uma das maiores invenções da humanidade»! Contudo, mesmo distanciando-nos do fan(atismo) desta afirmação, a verdade é que a Google é parte integrante do quotidiano dos utilizadores da Internet. E neste contexto não é mera ficção a ordem dada, há cerca de cinco anos, pela personagem da série americana Dr. House a um médico especialista da sua equipa: «Google it!» Para se obter uma ideia mais completa da dimensão desta empresa, devemos cotejar a página «Tudo sobre o Google» com a página sobre o Google da Wikipédia.
 Google classic: pesquisa por correio com resposta em 30 dias
e Google homepage 1998 (protótipo original)

Google homepage 2011
Conhecida antes de mais como o gigante dos motores de pesquisa de texto, a Google.inc. diversificou, de 1998 até hoje, os seus serviços em todas as áreas da web: pesquisa de imagem fixa, partilha de vídeos, email, cartografia, noticiário, comunicação via telemóvel, informação académica...

Na verdade, o termo googlization afirmava, já em 2003, o esmagador domínio da Google sobre a maioria das formas de troca de informação na Web, e prenunciava a imparável expansão da Google agora também detentora de media tradicionais, como o New York Thimes, diversas agências de notícias... ou seja, uma imensa percentagem de toda a informação disponível! O que também significa que, no seu conjunto, todos estes serviços combinados geram aquilo que os especialistas designam como «efeito cumulativo», um poder fortíssimo, potencialmente problemático.

Segundo Jordan Rohan, um analista da empresa de avaliação financeira Stifel Nicolaus, «É impressionante a capacidade da Google de apostar na diversificação de serviços, que não fazem parte das componentes do seu negócio que já dão lucro». O que dá sentido às recentes notícias sobre a existência do projecto Google X, um laboratório secreto, de localização desconhecida e desconhecido da maioria dos funcionários da própria empresa, onde a Google trabalha uma lista de 100 ideias para produtos inovadores, alguns dos quais oriundos da ficção científica!

É nesta perspectiva que se aconselha a leitura o artigo Criticism of Google da Wikipedia de língua inglesa. Estaremos então preparados para utilizar as ferramentas Web 2.0 que a Google nos oferece.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Twitter: «Little bleu bird... what news would you bring?»

A visual guide to twitter
Se não tivermos em conta os meios de comunicação social e alguns os principais líderes de opinião, o Twitter é uma das ferramentas da Web 2.0 ainda relativamente pouco usada no nosso país. basta fazer uma breve pesquisa sobre as Bibliotecas que utilizam esta rede social para percebermos que não ultrapassam uma dezena e, de entre estas, algumas delas não apresentam um link para o respectivo sítio ou blogue.

É evidente que utilizar o Twitter pressupõe alguns requisitos: como esta rede social é particularmente eficaz para actualizar notícias e eventos, tal significa que organizações e personalidades cuja vida não se paute novidades sistemáticas não terá talvez muito interesse em recorrer ao Twitter. Contudo, sempre que numa determinada comunidade se esteja a desenrolar um acontecimento, o Twitter revela-se numa das mais eficientes formas de o divulgar. Minuto a minuto se necessário for.

Para uma Biblioteca, trabalhar a informação através do Twitter depende em primeiro lugar da rede de seguidores que construir e, depois, de um plano de divulgação não apenas dos eventos, das actividades e dos serviços que promover, mas também das novidades documentais que adquirir, as citações ou os versos do dia que decidir publicitar... Esta opção requer uma determinada periodicidade, da mesma forma que actualização de um blogue e de um sítio exigem outra, que deve ser cumprida.

Web Buttons
A articulação com o respectivo sítio ou blogue é também fundamental e não apenas para tweets que necessitem de um texto de desenvolvimento ou de uma referência. Dar a conhecer as páginas online da Biblioteca. O ideal seria talvez que cada notícia do sítio da Biblioteca fosse redigida de forma abreviada para a página do Facebook da Biblioteca e resumida a 140 caracteres para o Twitter. Por outro lado, no caso de algum acontecimento que afecte a comunidade, a Biblioteca poderia eventualmente contribuir também para a respectiva difusão actualizada.

Uma boa articulação entre estas diversas redes sociais é a opção de desenvolvimento de empresas e marcas, com as quais as Bibliotecas muito têm a aprender. Já a forma como as pessoas a utilizam individualmente é uma outra história, também ela não isenta de polémica. Assim, enquanto José Saramago afirmou: «Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até ao grunhido.», a Academia Brasileira das Letras lançou, em 2010, o primeiro concurso de microcontos no seu próprio Twitter.

Por último, mas não em último, para quem cresceu na Europa dos anos 60, não é possível esquecer o pequeno twitter de uma conhecida canção dos Moody Bleus, Voices in the sky do álbum In Search of the Lost Chord.

 

Litle bleu bird, flying higt,
          tell me what you sing.
  

 

            If you could talk to me,
         what news would you bring?


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ainda o Facebook: uma relação amor-ódio?

Love Facebook
Hate Facebook

De entre as diversas ferramentas da Web 2.0, poucas haverá que suscitem uma relação de amor de amor-ódio tão intensa e extremada quanto o Facebook: dos amantes incondicionais e dos fãs que não conseguem passar um dia sem aceder várias vezes a esta rede social, aos que nela vêem a versão electrónica de Big Brother is watshing you e a encaram como instrumento da conspiração mundial que, a partir do rastreio dos pensamentos e acções de todos e de cada um de nós, pretende dominar a humanidade ! 

Ao construirmos uma rede social de amigos e de conhecidos e menos conhecidos, com quem contactamos regularmente é evidente que, se é verdade que beneficiamos desse «apoio», revelamos também muito de nós. Muito mais do que o que revelamos sempre que efectuamos uma compra com o cartão de débito ou de crédito, por exemplo. Contudo, se nos mantivermos fiéis ao princípio de que tudo o que comunicamos através da Internet pode ser sempre recuperado por outrem e que nunca podemos saber o que com esses conteúdos alguém poderá vir a fazer, podemos usar estas ferramentas para alcançar diversos objectivos. 

O Facebook é uma excelente forma de divulgar ideias, actividades, eventos... Não é por acaso que as marcas mais importantes alimentam páginas no Facebook, como também o fazem instituições tão credíveis e sérias como a Presidência da República, a Biblioteca Nacional de Portugal, as Organizações Não Governamentais e de Solidariedade Social, os grandes jornais e a própria Igreja está a considerar esta hipótese!

Porque o Facebook é uma aplicação essencialmente concebida para isso mesmo ou, como dizem os americanos, for spreading the news: tudo o que é publicado nesta plataforma dispara automaticamente emails para todos os «amigos» e fãs do editor em causa. Nesta medida, o Facebook é também presentemente utilizado como uma eficaz ferramenta na publicitação da informação que se pretende divulgar e, enquanto tal, é agregado a outros meios de informação mais consistente e fidedigna como o tipo de sítios e blogues acima mencionados.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Steve Jobs: a song of lost and love... and one more thing!

Dizer que não há ninguém insubstituível não passa de um lugar comum, de uma frase feita, da qual nos socorremos para evitar a angústia da solidão que nos assalta perante a fragilidade que nos define enquanto seres humanos.

Claro que sim, claro que há pessoas insubstituíveis e únicas no seu tempo e na sua visão do mundo, que traçaram caminhos antes inexistentes e que alargaram as fronteiras da nossa humanidade. Steve Jobs era evidentemente um deles.

Steve Jobs 1955 - 2011
No discurso que fez na Universidade de Stanford, em 2005, para centenas de jovens licenciados, Steve Jobs contou a sua vida em três histórias e em cada uma delas salientou uma atitude perante a vida, reflexo do seu incondicional amor à vida.

1) Seguir a curiosidade, a intuição e a independência, seguir o coração e a a nossa voz interior (our inner voice) vai mais tarde permitir-nos perceber como as nossas opções fazem depois sentido, connecting the dots;

2) Não perder a fé, nem o amor e a paixão pelo que se faz e continuar keep(ing) looking and dont seattle;

3) Entender que a morte é muito provavelmente a melhor invenção da vida porque nos confirma que a não devemos desperdiçar: se nos interrogarmos todos os dias sobre se será que eu quero fazer o que vou fazer hoje... confirmaremos se temos ou não de mudar a nossa vida. Porque, quando a morte deixa de ser para nós um conceito intelectual, podemos por fim perceber o valor de adoptar como lema (do grego, o que é recebido como um presente) de vida, o que Steve Jobs ali nos propõe: stay hungry, stay foolish!



(a partir de Apple e Hipojoy)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

13 anos de Google: parabéns a... nós?

Para os milhões de fãs do Google, esta empresa é uma das maiores invenções da humanidade: «Eu uso o Google como bebo água,ou seja, diariamente e frequentemente», afirma o utilizador Kayio na página de Perguntas do Yahoo Brasil.

E passa a enumerar: a pesquisa (ocupando 90% deste mercado mundial)... as últimas notícias...os trabalhos da escola... a tradução... o Email (Gmail)... as imagens... o download de música... os blogues (Blogger ou Blogspot), o Orkut, a maior rede social do Brasil, que pertence à Google, o Youtube que também é propriedade da Google.


Doodle comemorativo do 13º. aniversário do Google


(27 de Setembro de 2011)

E Kayio não menciona, entre outras ferramentas e serviços, o Google Maps... e o Google Earth..., o Google Books..., o iGoogle, uma página personalizada de ferramentas...o Picasa para as fotos online... o Google sites...o Google+, a mais jovem rede social que em três meses de vida reuniu já 50 milhões de utilizadores..., o sistema Android para smart phones e tablets, o serviço Wallet para gestão do mercado em acelerado crescimento de cupões de desconto...

O Google é hoje uma das empresas mais poderosas do mundo. Segundo a Wikipédia, o Google é executado através de mais de um milhão de servidores em data centers em todo o mundo[15] e processa mais de mil milhões de solicitações de pesquisa[16] e vinte petabytes de dados gerados por utilizadores todos os dias [17][18][19]. A empresa é também considerada uma das mais aliciantes em termos de qualidade de condições de trabalho e a filosofia da empresa apela simultaneamente à exigência e à informalidade.

Defensora da neutralidade da Internet,o Guia da neutralidade da rede do Google equipara-a à igualdade de acesso à Internet, um princípio considerado inquestionável pelos fundadores da Web. Por outro lado, a Google investe na redução da respectiva pegada de carbono e através da Google.org defende a mudança climática, promove a saúde pública mundial, a luta contra a pobreza global e ainda projectos de apoio à comunidade.

A melhor empresa do mundo, num mundo que não é o melhor dos mundos? Não seria bom de mais para ser verdade?

Com tudo o que nos oferece de excelente, as principais críticas à Google são graves! A mais conhecida é a da não garantia da privacidade dos utilizadores, mas a censura a diversos sítios em determinados países e regiões, como na China, e a não divulgação dos respectivos apoios políticos, tendo em conta a sua imensa influência nas políticas públicas locais e internacionais, são igualmente inaceitáveis.


O 1º. doodle  do Google (30 de Agosto de 1998)


De uma simples brincadeira à imagem de marca do humor do Google.

domingo, 18 de setembro de 2011

« Linked Portugal»: obrigada, Pedro!

Como a vida também é feita de opções, pensamos ser da maior justiça fazer, no âmbito da Web 2.0 em geral e das redes sociais em particular, uma referência especial ao sítio português Linked Portugal, da autoria de Pedro Caramez, que disponibiliza, entre muita informação útil, o perfil do utilizador português desta rede social:

Via http://www.linkedportugal.com/2011/09/12/infografico-linkedin-perfil-do-utilizador-portugues-2011/

os limites desta plataforma, de que constitui exemplo o artigo «34 limitações do Linkedin que provavelmente não conhecia», e ensina de forma individualizada o melhor modo de gerir páginas individuais...

sábado, 17 de setembro de 2011

Facebook versus Linkedin: a guerra começou?

Via http://www.captivationmedia.com/main/2011/07/05/facebook-ads-vs-linkedin-ads/

Segundo Sharon Machlis no seu artigo «Facebook vs. Twitter vs. LinkedIn vs. Google+» publicado em Julho de 2011 no sítio  Computerworld, o Facebook, com os seus 750 milhões de utilizadores é a melhor rede social online para empresas e marcas e para estabelecer relações pessoais desde que se cinjam apenas a pessoas que se conheçam pessoalmente.

Para tal concorrem a facilidade de promoção de uma marca ou de uma empresa, a facilidade de adesão à plataforma e de obtenção de estatísticas, para além da mais recente possibilidade de gravar a informação de páginas por parte de cada utilizador. O Facebook é pois a plataforma ideal para encontrar velhos amigos e para reunir fãs de uma marca. Em contrapartida, o Facebook não oferece suficientes garantias da privacidade aos seus utilizadores, não permitindo uma fácil gestão das listas de amigos, nem a possibilidade de ver o fluxo de a informação de cada uma dessas listas, que não são aliás nem fáceis de encontrar, nem de editar.

Via http://blogs.estadao.com.br/fernando-gabeira/tag/twitter/
A maioria das pessoas vê o Linkedin mais como um banco de dados de profissionais do que uma rede social de profissionais: um lugar onde ter uma presença é fundamental, mas confinado à oferta e à procura de emprego e à optimização de uma carreira profissional, No entanto, ao longo do tempo o Linkedin tem vindo a tornar-se um tesouro de inteligência competitiva, bem como um referencial cada vez mais importante do tráfego Web.

Na verdade, a força desta rede social advém do facto de ser a única a reunir informação fidedigna: sobre profissionais individuais, sobre oportunidades de carreira profissional e sobre empresas e organizações. Para além do mais, o Linkedin procura agora promover também a partilha de conteúdos especializados e aposta na definição círculos de relações seguros.

Segundo Neal Schaffer, no seu artigo de Dezembro de 2010, «LinkedIn vs. Facebook for Business in 2011 – The Battle Begins!», até 2011 o Linkedin e o Facebook pareciam ter muito pouco em comum, a começar pela razão por que foram criados: um como uma rede social fechada e de confiança para profissionais e outro como um livro aberto (de caras) de estudantes universitários. Entretanto, o Linkedin ganhou uma progressiva credibilidade entre os mais diversos profissionais qualificados e o Facebook apostou na cultura de consumo, assumindo-se claramente como um negócio onde  o objectivo é ganhar dinheiro com cada utilizador. O resultado foi que os profissionais aderiram ao Linkedin, enquanto que as empresas e as marcas investiram cada vez mais em marketing no Facebook (bem como no Twiter).

Esta aparente contradição tornou-se evidente quando o Linkedin anunciou as suas páginas para empresas em Novembro de 2010, parecidas com as do Facebook, que ainda são dominantes, mas com um «Recomendada» em vez de um «Gosto» (Like), acrescentando-lhes a possibilidade integrada de se poder «seguir» essa página. Foi assim que a Hewlett-Packard (HP) reuniu mais de 160 000 seguidores no Linkedin contra os 170 000 da sua página no Facebook

Estes números adquirem maior relevância, se tivermos em conta que o Linkedin  conta com 1/5 de membros do Facebook, mas que estes são todos profissionais (altamente) especializados. As novas páginas para empresas do Linkedin permitem também uma maior interacção com os utilizadores que podem agora recomendar produtos e serviços, comentá-los e, como no Facebook, ver na respectiva rede de amigos quem recomenda que página.


Via http://www.careerdigital.com/article/linkedin/tips/
Em contrapartida, o Facebook anunciou novos perfis pessoais que desenvolvem a dimensão profissional de cada utilizador, incluindo projectos e experiência de trabalho para, por sua vez, atrair os profissionais do Linkedin. A diferença é que, enquanto esta é uma rede fechada e de confiança, o Facebook parece não ser considerado útil pelos profissionais qualificados, o que poderá contudo mudar se o Facebook os conseguir convencer do contrário.

O Linkedin criou ainda os Linkedin (LI) Grupos, que permitem acrescentar facilmente informação de um sítio empresarial ao perfil de cada utilizador ou aos LI Grupos. Desenvolveu também ferramentas que possibilitam gerir com facilidade a moderação da informação nos LI Grupos, o que o Facebook não permite, através do new official LinkedIn Share Button. Por último, o Linkedin anunciou que vai   permitir a opção de tornar públicos os LI Grupos e outros, de modo a alargar a discussão a profissionais e a consumidores-alvo, para além da página da empresa. O próprio espaço de discussão é muito maior do que as pequenas «caixas» de texto do Facebook e os LI Grupos têm a possibilidade, que o Facebook também não tem, de enviar diária ou semanalmente resumos de informação actualizada, o que aumenta a adesão aos LI Grupos.

É conhecida desproporção entre estas duas redes sociais e é verdade que o maior grupo do Linkedin, o de recursos humanos (HR), apenas reúne cerca de 345.000 membros, enquanto que a maior página do Facebook, a própria, tem mais de 30.000.000 fãs. Contudo, existem mais de 800.000 LinkedIn Groups contra cerca de 320.000 páginas de empresas do Facebook.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

As novas redes sociais: «the dark side of the Force?»

Segundo o artigo sobre «Redes sociais» (que na realidade se refere apenas às redes sociais online) do sítio How stuff works?, existem (no mundo de língua inglesa?) mais de 300 destes sítios, abrangendo os mais diferentes universos. O mundo da moda, por exemplo, oferece plataformas independentes, como o Share Your Look ou o Style Hive ou nichos de um sítio maior de uma rede social, como o MySpace Fashion, ou o sítio Sneakerplay, a maior rede social online de amantes de … sapatos de ténis.

Existem redes sociais de tecnologias de informação (IT) como o Toolbox e diversas variantes de redes sociais, sítios de larga adesão como o Slashdot, de notícias sobre tecnologia, e o Digg, um dos sítios sociais mais populares de marcação de páginas. De acordo com este artigo, os médicos partilham uma rede social designada por Sermo e os executivos de publicidade, marketing e media, a rede social profissional AdGabber… e assim por diante.

www.oportaldovale.com.br_noticias__wp-content_uploads_2011_07_redes-sociais
As redes sociais mais conhecidas e vividas são, contudo, relativamente bem conhecidas da grande maioria : o My space, o Facebook e o Linkedin.

Para pertencer a uma destas redes, quase todas as plataformas solicitam um nome para login e uma senha de acesso, para além do preenchimento de uma página com um perfil pessoal que não precisa de preencher na íntegra: uma foto, algumas informações pessoais básicas (nome, idade, sexo, local onde vive) e um espaço para que a pessoa edite informação particular: interesses, livros, música, filmes, hobbies, sítios preferidos. É a partir daqui que cada um começa a construir a sua rede social, o que aliás as diferentes plataformas promovem e incentivam de múltiplas maneiras.

O principal problema das redes sociais online reside na respectiva (in)confidencialidade: não possuindo um sistema integrado de autenticação para verificar se alguém é realmente quem diz ser, segundo o sítio SearchSecurity.com, a segurança da maioria das redes sociais online reside na premissa de que somente os «amigos» ou os membros da rede de cada utilizador podem aceder o seu perfil completo.


Via http://0001coisas.blogspot.com/2008/08/redes-sociais-esto-na-mira-dos-hackers.html (adapt.)
Este pressuposto só é contudo eficaz na medida em que cada utilizador for extremamente selectivo em relação a quem inclui na sua rede. A partir do momento em que aceitar convites de alguém que não conheça, esse único alguém poderá ser um potencial hacker e vir a roubar a sua informação pessoal e a utilizá-la em proveito próprio para os mais inimagináveis fins. Para além desta eventual ameaça, talvez seja também bom conhecer algumas formas de restringir parte da informação que edita: a Proteste, por exemplo, dá-nos várias indicações úteis.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Aderir à Wikipédia para participar do conhecimento colaborativo

Via http://stats.wikimedia.org/wikimedia/animations/requests/
Em 2006 era ainda possível questionar a credibilidade e a actualidade da Wikipedia, sobretudo na quase inevitável comparação com a Enciclopédia Britânica, incondicionalmente considerada «o» monumento do conhecimento humano. Tal já não é, contudo, verdade em 2011.

Iniciada há 20 anos, em Janeiro de 2006, a Wikipedia em língua inglesa encontrava-se no 33º. lugar da lista dos sítios mais populares dos EUA com 18,3 milhões de utilizadores. Um ano depois, de acordo com a empresa ComScore Networks Inc., entrara já para o top ten deste universo, posicionando-se em 9º. lugar com 42.9 milhões de visitantes, acima do New York Thimes (em 10º. lugar) e da Apple (em 11º. lugar). Em Abril de 2011, segundo a Google, ocupava o 5º. lugar deste ranking.

Há uns anos atrás, Nuno Crato foi um dos primeiros académicos portugueses, então em contra-corrente face a grande parte da comunidade científica e académica portuguesa e mesmo internacional, a pronunciar-se a favor da credibilidade da Wikipedia versus Enciclopédia Britânica, na rubrica semanal que então publicava no semanário Expresso

Em 2010, já muitos concluíam abertamente o mesmo comprovando-o de diferentes formas, em particular jovens universitários como os do curso de Social Media num dos blogues oficiais da Fordham University's Spring, Nova Yorque, ou o haker-programador inglês Tom Morris.

Também segundo o ACSI (The American Consumer Satisfaction Index), o mais credível indicador americano de avaliação da confiança dos consumidores americanos, com 77% de fiabilidade, a Wikipedia é o sítio mais , seguida do YouTube com 73%, do Facebook com 64% e do MySpace com 63%.
Via http://infodisiac.com/Wikimedia/Visualizations/
A Wikipédia em língua portuguesa está bem e recomenda-se, sobretudo graças à colaboração brasileira. Contribuir para o conhecimento colectivo, publicando na edição portuguesa da Wikipédia apenas exige algum tempo de preparação. A edição avançada sobretudo requer a leitura dos diversos protocolos de publicação estabelecidos (e acordados após ampla discussão) pelos editores séniores. Mais do que tudo, a editar conteúdos na  Wikipédia constitui uma experiência extremamente gratificante e compensadora.

O mundo flutuante... no mundo da moda!


Via usa.hermes.com
O mundo da moda, e o das fragâncias talvez mais ainda, constitui parte integrante da noção de mundo flutuante e, enquanto tal, faz todo o sentido que um perfume seja baptizado como uma imagem do mundo flutuante. Contudo, o facto de ter sido este o nome atribuído à nova linha de perfumes da casa Hermés não deixa de ter qualquer coisa de ofensivo e de inquietante.

Porque, por muitos empregos que o mundo da moda gira e sustente, a assinatura Hermés é para os muito ricos, para aqueles muito poucos que têm demasiado e que, num mundo tão assimétrico quanto aquele em que vivemos, conseguem (con)viver bem com isso. E a noção de mundo flutuante encontra-se intrinsecamente ligada ao quotidiano da maioria dos habitantes das cidades que nunca jamais poderiam comprar nada da marca Hermés.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Agosto de 2011: 20 anos de www

Via http://info.abril.com.br
Vale a pena ler a mensagem de boas-vindas publicada no passado dia 6 de Agosto no sítio do CERN (Conselho Europeu para a Pesquisa Nuclear), o primeiro servidor da Internet. Esta página lembra-nos os diferentes acontecimentos que explicam por que foi o ano de 1990 tão importante para a história do nosso mundo. O nascimento da Web é uma delas. A história é conhecida, mas muitos dos seus detalhes não.

A interligação de computadores em redes fechadas fora iniciada em 1969 com a Arpanet que ligava instituições de pesquisa dos EUA, mas foi Tim Berners-Lee,  um cientista britânico de 33 anos que chegara à Suíça em 1984, quem abriu a ligação da informação entre computadores ao mundo

Tim Berners-Lee via www.xtimeline.com (hoje)
Quando Tim chegou ao CERN, eram usados os mais diferentes tipos de computadores e formatos de documentos e o seu objectivo era então organizar grandes volumes de informação. Nesse sentido, elaborou em 1991 uma proposta de acesso por parte dos investigadores (através de um sistema de hipertexto que desenvolvera em 1988) a partir de qualquer parte do mundo, aos resultados dos colegas. Uma cópia desta primeira página web. está ainda hoje online.

O sistema baseava-se em três ferramentas: o Hypertext Markup Language (HTML) que descreve como páginas com hiperligações (links) são formatadas em diferentes plataformas de computação; o Hypertext Transfer Protocol (HTTP), a linguagem que os computadores usam para comunicar através da Internet; e o Universal Resource Identifier (URI) o esquema através do qual se indicam os endereços de documentos.

Nesta proposta hoje histórica (Information management: a proposal), Tim demonstrava como as informações poderiam ser facilmente transmitidas:  uma ideia «vaga, mas altamente interessante», foi a resposta escrita pelo chefe de Berners-Lee, Mike Sendall, no documento que é considerado hoje a certidão de nascimento da World Wide Web.

No ano seguinte, Robert Cailliau, um engenheiro de sistemas do CERN, tornou-se no primeiro utilizador da Web e é até hoje, como Tim Berners-Lee, um de seus grandes defensores.

Robert Cailliau via scr.csc.noctrl.edu (hoje)
Num trabalho paciente e minucioso, através de inúmeras conversas pessoais e longos emails, Tim e Robert convenceram os responsáveis e investigadores do CERN, bem como informáticos de todo o mundo da importância do projecto. Para reforçar seu lobby, Berners-Lee instalara simbolicamente na noite de Natal de 1990, no seu computador NeXT, o servidor info.cern.ch, um endereço ainda hoje activo. 

Recordemos que a maioria dos utilizadores então existentes não podiam aceder-lhe, na medida em se correspondiam em redes fechadas, como CompuServe, AOL ou Btx.  Não havia um fórum de onde eu pudesse esperar uma resposta, lembra Tim em 1999 no seu livro Der Web-Report. Sem falar de que na época não existiam evidentemente blogues ou wikis, que hoje facilitam todo o trabalho colaborativo.

O impulso decisivo viria contudo em Abril de 1993, quando o CERN abriu a Web ao público e Tim Berners-Lee renunciou ao registo de patente da invenção. Ainda assim, o sucesso da Internet só teria lugar fora do CERN e para tal foi necessária uma série de avanços tecnológicos, como o primeiro browser gráfico Mosaic, que em 1993 tornou a Internet acessível ao público em geral, ou a criação de motores de busca como o Google em 1998 .

Em 1994, o fundador da Microsoft, Bill Gates, ao reconhecer o potencial da rede,  inicia a disputa do mercado de browsers contra o Netscape (sucessor do Mosaic). No mesmo ano, Tim Berners-Lee parte  para os EUA, onde funda, no Massachusetts Institute of Technology (MIT), o World Wide Web Consortium (W3C) que até hoje controla e normaliza os desenvolvimentos tecnológicos da Web.

Neste sentido, é importante mencionar que, contrariamente a Bil Gates e outros  criadores e protagonistas da Web, Berners-Lee nunca se tornaria rico. Afirma a propósito que tomara importantes decisões conscientes sobre o rumo que a sua vida deveria seguir e que uma delas era essa: a partilha do conhecimento deveria manter-se universal e gratuita.

Estima-se que existam hoje mais de 80 milhões de websites (dado do CERN), 625 milhões de computadores em rede (número da DPA, Communications Corp., empresa canadiense especializada em formação e consultoria na área da computação) e centenas de milhões de utilizadores da Internet. O acesso Internet, ou o mundo à distância de um clique, é hoje cada vez mais indissociável do trabalho com qualquer tipo de tecnologia de comunicação.

Fonte: http://www.swissinfo.ch/por/ciencia_tecnologia/Cern_comemora_os_20_anos_da_web.html?cid=891624

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Calendário de Verão: ao som das cigarras no mundo flutuante


Retirada de um calendário japonês ilustrado (egoyomi), comum entre a população urbana no período Edo, esta gravura do pintor ukiyo-e Suzuki Harunobu (1725-1770) retrata uma mulher e uma criança tentando apanhar cigarras, um típico passatempo de Verão (quem não se lembra das «casinhas» de grilos, primeiro de madeira, depois de plástico, que se ofereciam às crianças no fim da Primavera?).

Muito usados para determinar o número variável de dias no mês lunar, os calendários passam a ser ainda mais procurados a partir do momento em que começam a ser ilustrados, o que por sua vez contribui para que o ukiyo-e (a ilustração popular desta época) fosse reconhecido como uma forma de arte,  promovendo o desenvolvimento da xilogravura colorida (nishiki-e). Partindo de formatos de calendários convencionais, os pintores ukiyo-e trabalharam criativamente as letras e os números dos egoyomi com a imagem, desafiando o leitor a decifrar os símbolos, o que reforçou ainda mais a respectiva popularidade: no canto inferior esquerdo da rede o caracter shō (pequeno) indica que este mês tinha apenas 29 dias.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

The web of live: we are all connected

Via WWF México
A Fundação World Wildlife na campanha dos seus 50 anos de existência e de 20 anos de presença no México, conjuntamente com a empresa Ogilvy & Mather Mexico e a produtora francesa Troublemakers, realizaram o vídeo A rede da vida: um aparente emaranhado de cordas, ao som de Imagine de John Lennon, pretende mostrar-nos como tudo no nosso planeta se encontra interligado. 

Imagens que é impossível não associar às das estruturas microscópicas da vida na Terra e às das estruturas macroscópicas do Universo, bem como as concebidas para ilustrar a Internet. 

domingo, 24 de julho de 2011

Blogging 2011: um exercício de democratização da informação e da capacidade de influência?

A Blogosfera via blogs.elcomercio.es
À semelhança do que Hugo Albuquerque afirma para a realidade brasileira, de início a interactividade na Web era apenas possível através de listas de emails, de fóruns e de alguns poucos blogues. A progressiva expansão da Web faz-se quando o acesso se massifica e se assiste à intervenção activa de pessoas interessadas por informação em tempo real e pelo respectivo debate, sobretudo porque, cada vez mais, os meios de comunicação não detêm uma intervenção independente. É quando assistimos à explosão da Blogosfera, na segunda metade da década passada.

Com o surgimento do microbloguing, em particular do Facebook e do Twitter, a Blogosfera atravessa presentemente um período de transição. Com efeito, apesar da esmagadora adesão àquelas plataformas, sobretudo por parte de uma geração mais jovem,  especialistas, como Benoît Méli e Brian Solis, afirmam que nunca antes houve tantos blogues e que a Blogosfera continua globalmente a expandir-se.

A Blogosfera adaptou-se, saiu do seu ecossistema inicial e construiu novas comunidades de leitores, incorporando o microbloguing, gerindo links centralizados e agregando a participação sindicada. Gerando nas palavras de Brian Solis ... um elo de amor entre o fora e o dentro da Blogosfera.


A Blogosfera via descurvo.blogspot.com

Na verdade, faltam-nos dados globais e fiáveis e não é aparentemente fácil obter uma estimativa, ainda que aproximada, do número de blogues hoje existentes no mundo, ou mesmo até num país.

Em Março de 2008, a Universal McCann publicou um relatório onde indicava terem sido criados, em todo o mundo, 184 milhões de blogues com 346 milhões leitores. Um número aproximado, 200 milhões, é também avançado pelo colectivo francês Blog de Bourgogne, mas reportando-se a 2010 e sem contudo citar qualquer fonte.

Por seu turno, relatório anual State of the Blogosphere 2010 da empresa Technocraty, que reúne cerca de 1.3 milhões de blogues em língua inglesa, afirma ter por base a rede de 3.8 milhões de blogues de todo o mundo com uma conexão à editora LIJIT. Alguns motores de busca de blogues também avançam números parcelares: o Blogpulse da empresa germânico-americana Nielsen apresenta um total de cerca de 1.7 milhões de blogues identificados, em Julho 2011. Já o motor canadiense Blogscope indexa 53.28 milhões de blogues, o que não significa que sejam todos deste país. Para a França, o Journal du Net fala de 15 a 20 milhões de blogues em 2010.
 

Em Portugal, segundo Paulo Querido a blogosfera é inaugurada em Fevereiro de 2003 e, em 2007, o Sapo afirmava reunir na sua plataforma 100.000 blogues. Para anos mais recentes não encontrámos outros números, sendo os apresentados por directórios de blogues (limitados a inscrições para publicitação) muito baixos: o maior ‒11.438 blogues! é o referido por Blog.com.pt: comunidade de bloguers em língua portuguesa, em actividade desde 2005.

Mais do que aferir a vitalidade da blogosfera em 2011, pensamos que a afirmação optimista de Brian Solis, a propósito da edição em formato blogue, é acima de tudo extensível a todas as actuais formas de partilha e de discussão de informação audiovisual editadas na Net: a gift and an exercise in the democratization of information and the equalization of influence.

domingo, 10 de julho de 2011

Web 2.0: a superioridade da inteligência colectiva

James Surowiecki, no ensaio A sabedoria das multidões, explica como, da descoberta do cientista Francis Galton em Plymouth, no ano de 1906, ao modelo de funcionamento do Google, posto em prática em 1998, os excelentes resultados obtidos na resolução das mais diversas questões se devem à média das respostas apresentadas por muitas pessoas. Desde que evidentemente se cumpram as condições de que um grupo necessita para manifestar a sua inteligência comum: diversidade, independência, descentralização. Esta constatação deve-se ao facto de, no seu conjunto, a nossa espécie deter uma percepção quase completa do mundo.

A expressão WEB 2.0 (2004) ilustra bem esta noção: a Internet utilizada em todas as suas facetas com base na inteligência colectiva. Mais precisamente, a Internet evolui através do desenvolvimento de aplicações, de produção de conteúdos, de simples leituras e visionamentos efectuados por um número elevadíssimo de pessoas. Interagindo para o mesmo fim e estimulando a colaboração de milhões de utilizadores para um objectivo comum, as possibilidades da Internet potenciam-se.


Assim, os sítios mais típicos da Web 2.0 como as redes sociais, os blogues, as wikis, constituem exemplos deste modo de agir colectivo. Com efeito, a adesão massiva a estas plataformas deve-se não apenas ao facto de a Internet aliar informação, conhecimento e lazer, mas também ao facto de as pessoas preferirem participar, colaborar e criar conteúdos a serem simples consumidores passivos.

Webmap in Kosmar.
O conceito WEB 2.0 é questionado por remeter para uma actualização tecnológica, quando, segundo Tim Berners-Lee, o pai da World Wide Web, esta foi concebida desde o início (1989) como um espaço, a que chamou Read/Write WEB, onde as pessoas podiam produzir conteúdos, disponibilizá-los e, por sua vez, aceder em simultâneo a informação produzida por terceiros. O equívoco advém do facto de, durante os primeiros anos (o primeiro sítio data de 1991), a WWW ter sido utilizada sem interacção com os utilizadores.
Fontes
Surowiecki, James. A sabedoria das multidões. Porto: ASA, 2007